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Ser Mãe, Ser Pai


Desenho

«As mães e os pais dizem, frequentemente, que ser mãe ou pai é a melhor e mais difícil tarefa do mundo. Por um lado, dá um sentido de propósito e significado à nossa vida, traz-nos satisfação, gratificação e sentimentos de realização e bem-estar. Por outro, as responsabilidades e exigências de educar crianças/jovens saudáveis e com bem-estar também podem desafiar os nossos limites, gerar stresse e sentimentos de sobrecarga.


É-se mãe e pai ao longo da vida da criança, adolescente, jovem e adulto que é nosso filho ou filha. A parentalidade vai desenvolvendo-se e transformando-se conforme as necessidades, características e desejos dos filhos/as e das mães/pais, mas pode sempre impactar de forma significativa, positiva ou negativa, o desenvolvimento das nossas filhas e filhos.


No caso de quem escolhe ser pai ou mãe, a parentalidade é uma das tarefas mais importantes da vida adulta, interferindo na forma como vivemos as restantes esferas da nossa vida. Para além disso, hoje em dia somos bombardeados com conselhos e informação sobre práticas e estratégias de parentalidade – na rua, nas redes sociais, na televisão, nas livrarias. A expectativa e a pressão sobre os pais e as mães são enormes. Ser pai ou mãe, de várias formas, parece ser mais desafiante do que era há algumas décadas, no tempo dos nossos avós ou bisavós. A abordagem à parentalidade e a relação que estabelecemos com os nossos filhos e filhas também parece ser, em muitos casos, bastante diferente.


(...)


A parentalidade – laços afectivos, bem como os conhecimentos, as atitudes e os comportamentos das mães e dos pais – é influenciada por vários factores, entre os quais, as experiências com os respectivos pais e mães (incluindo as da sua infância), as suas circunstâncias (por exemplo, fontes de stresse provenientes da situação laboral), as características da própria criança/jovem (temperamento), as expectativas e práticas que os pais e mães percepcionam e observam nos outros à sua volta (família, amigos, redes sociais) e as crenças pessoais e socioculturais. Mas também, o sentido de competência pessoal, a relação conjugal ou com o outro progenitor, a rede de apoio que têm, os serviços disponíveis (por exemplo, existência ou não de creches e outros apoios sociais e cuidados de saúde) e outras situações de desigualdade ou vulnerabilidade (por exemplo, discriminação, pobreza ou exclusão).


É preciso notar que, para além da diversidade dos conhecimentos, atitudes e práticas parentais, também existe uma diversidade de outras influências na vida das crianças e jovens. Embora as mães e os pais sejam centrais para o desenvolvimento saudável dos filhos e filhas, outros familiares, amigos, professores, pares ou instituições sociais, por exemplo, também influenciam e contribuem para o crescimento e desenvolvimento das crianças e jovens. Sendo que, as próprias crianças e jovens são os contribuidores mais essenciais para o seu próprio desenvolvimento.(...)»




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